Artesanato

Do litoral ao sertão, a arte pernambucana é profícua. Seus artistas moldam o barro, tecem a tapeçaria, entalham a madeira, esculpem a pedra, trabalham os tecidos, o couro, o papel e a palha. A arte de Pernambuco reflete a alma e o imaginário de seu povo através de seu poder de transformação dos materiais.

Na Região Metropolitana do Recife os turistas podem adquirir peças em uma grande concentração de ateliês e museus. Para visitação a região oferece diversas opções de museus, com destaque para a oficina Francisco Brennand e o Instituto Ricardo Brennand. O primeiro deles é artista plástico e escultor que dá nome ao espaço em uma deslumbrante propriedade, cercada por mata atlântica ainda preservada, o turista pode se encantar com as peças de cerâmica do imaginário do artista.

Próximo à Oficina, o visitante poderá conhecer as maravilhas do Instituto Ricardo Brennand onde, numa réplica de Castelo Medieval, podem ser encontradas peças de arte raras desde a Europa Medieval, passeando pelo Brasil Colonial até o Século XIX. O espaço também abriga a maior coleção de obras do holandês Franz Post, bem como uma vasta coleção de armaria, tapeçaria, artes decorativas, esculturas e mobiliário.

Olinda, Capital Brasileira da Cultura, justifica o título. Em novembro, mais de 300 artistas abrem ao público as portas de mais de 100 ateliês para visitação ao público. Trata-se do Olinda Arte em Toda Parte , que permite aos visitantes uma experiência única de entrar em contato com o turismo histórico-cultural da cidade alta, cujo casario multicolorido também inspira artistas da música e de manifestações populares e artesanato.

Os amantes de artesanato não podem deixar de visitar a Casa da Cultura. Instalada na antiga Casa de Detenção, o prédio data de 1850 e as celas que abrigaram presidiários até 1973, foram transformadas em lojas a partir de 1976, quando o espaço foi transformado em Casa da Cultura com lojas especializadas em artesanato das mais diversas origens e tendências.

Outra visita imperdível é o Mercado de São José. Inaugurado em 1875, trata-se do mais antigo edifício pré-fabricado em ferro, cuja estrutura foi importada da Europa. Além de funcionar como mercado de gêneros alimentícios, boa parte de seus mais de 500 boxes é destinada à venda de artesanato, com destaque para artigos feitos em couro, palha e tecidos.

O interior do Estado reserva aos visitantes ampla variedade de peças de arte popular. Na zona da Mata Norte, podem ser encontradas peças de tapeçaria de influência ibérica em Lagoa do Carro ou ainda esculturas de barro em Tracunhaém. No agreste, Bezerros se destaca pela confecção de máscaras de Papangu e pela arte da xilogravura, que ilustram os famosos folhetos de literatura de cordel.

Em Caruaru, capital do Agreste, os turistas poderão conhecer o Museu do Barro e, no Alto do Moura, dezenas de artistas anônimos ou consagrados dão vida a peças de arte popular produzidas em cerâmica que representam cenas do cotidiano. Na divisa com a Bahia, Petrolina é famosa por sua tradição em esculturas; a terra da fertilidade é responsável pelas famosas carrancas cegas produzidas por Ana das Carrancas e por uma tradição de arte sacra com seus Santos esculpidos na madeira.